quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

RITA LEE, O ROCK E OS CACHORROS




A vovó do Rock brasileiro, que declarou dependurar os seus microfones de turnês, protagonizou uma famigerada despedida nos palcos do Verão Sergipano, no último dia 28, no município de Barra dos Coqueiros.
Irritadiça, até antes do show, com a presença bem ostensiva de policiais militares, a vovó Rita chegou a prolatar, segundo as “últimas notícias” da mídia eletrônica, que ficava incomodada com a polícia em seus shows.
O que leva uma pop star, em decadência, fazer apologia a drogas, injuriar e desacatar policiais que apenas cumprem um papel constitucional? Seria um tesão apoteótico de palco? Necessidade de controle da massa? Desligamento do mundo real? Pode ser uma viagem dentro de seu próprio mundo conturbado! Freud explica.
Pais que deixam seus filhos irem a um show, ficam tensos a espera do retorno com integridade física garantida e intácta. Rita Lee, ameaçou isso! Rita, com sua ascendência estrelada diante de um público jovem, instigou a massa contra a polícia. O resultado disso poderia ter sido desastroso e irreparável.
Vovó Rita, quis insultar operadores de segurança pública. Isso é fácil nesse país! Defender o crime é mais cinematográfico, mais clean. Mas o que seria ser “cachorro”? Aqueles policiais realmente foram cães... “Selvagens cães de guerra”, como diz uma estrofe de canção militar dos cursos táticos e operações especiais. Cães de raça, que combatiam o crime: ou droga pode?
Pais, não deixam seus filhos sairem de casa para fumarem baseados, pedra de crak, cheirar cocaína ou injetar alguma porcaria na veia. E um show não deve-se prestar a isso. Um artista também não.
Artista tem que combater o que acha ser repressor é com sua arte. Rita deveria fazer uma música, ou então ficar calada. Olhe o Titãs com sua “Polícia para quem precisa...”, escute o Capital Inicial com sua “Veraneio vascaína...”, transforme o seu ódio e intolerância a ordem, em arte e não em crime. A juventude precisa de bons exemplos dos mais velhos, sem efeitos colateriais.
Conversando com Oficiais da PM sergipana, injuriados por Rita, percebe-se que ela ofendeu fãs, só que fãs de farda, fãs que tem suas músicas no playlist... Fãs que estavam honrados em policiar o propagado último show da vovó rockeira. Lamentável atitude de Rita, pois colocou em risco seus fãs fardados que trabalhavam e seus fãs que curtiam um show aberto.
Parabéns aos policiais militares que atuaram nesse evento, e uma continência de tropa ao comando da PM e ao Governador daquele Estado, que no show se encontravam também. Mesmo com o orgulho institucional ferido, agredidos e vaiados, teve o mais profundo controle, sem impulsos, mesmo com a lei a seu favor. A isso chamo de maturidade, profissionalismo, e amor a sociedade.
Rita Lee classificou os policiais como “cachorros”, mas foi ela quem latiu! Rita Lee desclassificou a honra das mães dos policiais, mas ela não foi nenhuma dama ou lady. Como uma estrela decadente, perdeu seu brilho e deu um péssimo exemplo do que se trata o velho e bom rock and roll. Vista seu pijama em paz!
Brasil acima de tudo!


NEWTON NERY DE CASTILHO é Major da Polícia Militar do Estado de Goiás
http://nccombatecrime.blogspot.com/

Um comentário:

  1. Major
    continuo adorando seus textos..
    'tesão apoteótico de palco..' foi formidável!
    kkkkkkkk..

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