sexta-feira, 24 de setembro de 2010

DESAGRAVO DE UM OPERADOR DA SEGURANÇA


A temática saúde, educação e segurança pública enche os discursos e filosofias dos gestores públicos de nosso país. Como bons Brasileiros que somos, devemos apresentar e chorar as nossas mazelas mais profundas. A saúde é precária, à educação falta educar-se e a segurança pública, que deveria garantir o perfeito funcionamento dos pilares sociais citados, funciona precariamente sem garantir eficazmente a paz social teorizada.

Vejamos o quadro do nascedouro de nossas forças de segurança. Às polícias ostensivas brasileiras, militares, cabe a atuação na esfera administrativa e de prevenção, competindo-lhes a maior parcela de impacto real na manutenção da ordem. Deveria exercer suas funções em todas as esferas do Estado, como meio ambiente, fiscalização no funcionamento de estabelecimentos comerciais, vigilância sanitária, eventos públicos, fronteiras, combate ao tráfico de drogas, distúrbios civis, ou seja, em qualquer campo de atuação que possa ser alvo de abalo à paz social e à ordem pública na sociedade. Esse é o conceito traçado em nossa Magna Carta para a polícia ostensiva após 1988. As forças públicas estaduais foram, antes da última constituição, dirigidas e regidas sob a égide das Forças Armadas, logo, são corporações culturalmente influenciadas e alienadas pela doutrina das Forças da União da época ditatorial.

Após a ditadura militar, nossas polícias foram de pronto abandonadas e largadas à deriva, sem qualquer orientação ou política de transição para sua inserção no novo Estado Democrático de Direito. A União não mais tinha interesse em implantar uma filosofia de segurança pública para o novo modelo social emergente, delegando a responsabilidade em sua plenitude para os entes componentes da federação.

É público e notório que, com a abertura social no pós-ditadura, bem como com a implantação de um estado de liberdade exagerado em nossa sociedade, garantindo uma liberalidade exacerbada a uma sociedade recém saída de um regime de castração militar, seria necessário um guia, uma política de segurança pública buscando criar mecanismos de controle social e uma polícia eficiente e integrada a esse novo modelo de sociedade. Porém, à época nada foi feito ou idealizado, ficando cada estado a mercê do destino para dar seguimento a sua polícia administrativa.

Diante de tais circunstâncias citadas, as lideranças políticas ascendentes ao poder atual são as mesmas lideranças combatidas à época do regime de exceção. Como não poderia ser diferente, na atualidade, temos uma gestão pública criada dentro da filosofia antimilitarismo, condenam a influência militar como o pior dos males da segurança e somos hoje colocados à margem da gestão servindo apenas para engrossar os discursos políticos de inoperância, ineficiência e ineficácia.

As forças públicas estaduais evoluíram sozinhas dentro da realidade de cada unidade de nossa federação. Quase sem apoio da gestão federal e ainda castradas pela legislação que inviabiliza a ação policial, pois não fornece qualquer ferramenta aos agentes de segurança pública, pelo contrário, apenas estabelece limites e impedem a ação policial. Hoje, no Brasil, ser policial não passa de ser um cidadão com mais deveres e mais fiscalização que o cidadão civil. Não existe legislação específica para atuação das forças policiais, mas existe legislação especifica para coibir as ações policiais.

Com o esfacelamento de nossa segurança pública, devido ao histórico traçado, o caos se instala na sociedade brasileira a passos largos. O tráfico de drogas se tornou um mercado em franca expansão, que movimenta a incidência de todos os tipos penais existentes em nossa legislação como homicídio, roubo, latrocínio e outros. Quando se apura a origem essencial da violência urbana chegamos à mazela da droga como fato gerador de tal mal.

A gestão pública federal não investe, sequer divide o ônus da manutenção da estrutura de segurança pública com os Estados. Apenas se restringe em criar forças publicas, como a Força Nacional, que simplesmente subtraem material humano qualificado dos entes estaduais para implantar ações inócuas em situações emergenciais, não combatendo ao fator gerador criminal.

Podemos ainda enumerar como medida de ação da gestão nacional em segurança os programas de educação a distância que nada qualificam o profissional da segurança, divulgam conhecimento em massa, sem controle da qualidade e absorção de conteúdo e ainda desconsiderando as discrepâncias sociais, geográficas e culturais prementes nas diversas regiões de nosso país.

Vale ainda reportar que vários são os estudiosos e filósofos que se aventuram a estudar a ciência da segurança pública, muitas vezes até contratados como consultores por organismos do Estado para analisar e apresentar modelos de polícia Comunitária, causas de criminalidade e ideais solucionadores da crise da segurança brasileira. Porém, muitas vezes buscam-se soluções prontas e acabadas de países do velho mundo ou com culturas totalmente divergentes da cultura brasileira, isso quando os produtos apresentados não saem do papel e se tornam meros “calços de mesa”.

A infra-estrutura das corporações de segurança sofre investimentos apenas por parte de seus Estados, caso seus gestores sejam comprometidos com a segurança pública, pois a União quando muito remete algum material bélico ou viaturas como alternativa paliativa. É o caso de Goiás: no ano de 2006, investia por mês o que a união investiu em um ano em segurança pública em nosso Estado.

Não existe em âmbito nacional, tratando-se de segurança pública, um perfil do agente de segurança pública, uma filosofia nacional de segurança, padronização de ações de segurança, estratégias de combate à criminalidade essencial, quanto mais a regulamentação disso.

Muito se discute, idéias mirabolantes são apresentadas e grande fatia do orçamento é gasto para “enxugar gelo”. Ações concretas embasadas em um plano estratégico macro ligado a uma política e vinculando municípios, estados e União ainda não foram sequer cogitadas. Fala-se bastante em fóruns e debates, cartas de propostas são elaboradas. No entanto, essas medidas são tomadas apenas como produto final sobre o debate de segurança e não como semente para gerar o planejamento estratégico e a futura execução desse planejamento. Infelizmente, o que se busca nas gestões atuais são apenas números para prestação de contas.

Quando descemos mais um nível para visualizar nosso sistema de segurança, chegamos aos municípios. Aqueles com maior riqueza tem condições de implantar uma guarda, situação que onera e desvia os recursos municipais para buscar um recobrimento do que as unidades federativas não conseguem atender: a crescente demanda da insegurança. As Guardas Municipais sofrem dos mesmos males que as forças públicas dos estados. Mesmo assim, nosso país tem bons exemplos, como é caso da guarda de Diadema e da própria São Paulo, onde seria impossível se imaginar a segurança daquela comunidade sem existência do citado organismo.

Após esse breve relato, de pronto observamos que a fatia de responsabilidade tanto em relação a orçamento quanto a instituição de políticas de segurança estão invertidas e totalmente desproporcionais, pois vem do micro pra o macro e, de forma empírica, dos municípios e estados para a União.

Como em outras áreas do conhecimento da sociedade brasileira, a segurança carece de instituição de objetivos e estabelecimento de eixos estratégicos maiores para condução das ações, táticas e operacionalização de ideais para atingirmos a tão almejada paz social. Podemos citar a necessidade de uma política de erradicação da pobreza, revitalização de cenários urbanos, educacional, cultural e qualificadora profissional.

Será que a solução para o caos vivenciado é tão complexa que precisamos de modelos da Europa, Japão, EUA ou Canadá? Esses países são tão parecidos com o Brasil que poderiam apresentar uma política de segurança eficiente para nossa realidade? Somos nós brasileiros incompetentes a ponto de não sabermos identificar nossas mazelas e propormos medidas solucionadoras?

Cremos que a solução para nossa lide não seja tão complexa, pode ser onerosa e trabalhosa, mas não é impossível solução. É de público o conhecimento de que a violência se instala ao par e passo de diversas moléstias sociais como falta de urbanização, má distribuição de renda, falta de trabalho e qualificação do trabalhador, educação, falta de presença policial e falta de uma identidade cultural forte. Assim, percebemos que segurança não é só um problema de polícia, mas sim responsabilidade de todos setores da sociedade organizada, governo e comunidade.

Percebemos que todos os setores de gestão publica devem estar envolvidos, compromissados e financiados para investir, cada qual em seu ramo, para criarmos uma rede eficaz para combatermos as raízes maléficas que geram a insegurança em franco desenvolvimento em nosso país. Sabemos que isso é uma ação de médio a longo prazo, mas precisa ser urgentemente pensada e planejada.

À circunstância apresentada não quer dizer que nada possa ser feito em curto prazo. Podemos dar melhores condições de ação aos órgãos de segurança pública para sua atuação. Pode-se redimensionar, por exemplo, a lei antidrogas, não permitindo a liberdade mesmo que provisória ao traficante, ou a quase descriminalização do tráfico com a aplicação de penas alternativas mesmo que em casos de pequena monta, pois isso incentiva a ação criminosa.

Outras medidas emergenciais devem ser adotadas, como a instituição da Lei Orgânica de âmbito nacional trazendo direitos, garantias e modernização às instituições de polícias ostensivas. A vinculação orçamentária tanto na esfera da receita federal, estadual e municipal como é feita em outras áreas de gestão pública. A criação de uma comissão de apuração infracional composta pela OAB, Ministério Público, Sociedade organizada e Polícias para apurar os desvios de conduta dos operadores da segurança, fugindo assim do discurso de corporativismo. Buscar formas de motivação do operador de segurança e sua valorização através de estipulação de piso salarial digno e qualificação real e qualitativa.

Não podemos deixar de citar que como a integração entre as diversas polícias é praticamente impossível devido a suas divergências culturais, institucionais e sociológicas, deve ser implantado mediante alteração constitucional o ciclo completo de polícia, apenas dividido pela complexidade criminal, competindo a cada polícia atuar completamente em prevenção, repressão e investigação apenas dividindo a sua competência de atuação dentro dos tipos penais destinado a cada uma das corporações.

Em suma, angariando tais medidas somadas ao planejamento estratégico retro descrito, rapidamente teremos resultados favoráveis a caminho da paz social e a saída do caos da insegurança instalado em nossa comunidade.

Francisco de Assis Ferreira Ramos Jubé

Oficial de Policia

Bacharel em direito

Especialista em Docência Superior

Cidadão Brasileiro

16 comentários:

  1. MUITO BONITO O DISCURSO PARA ALGUEM QUE JAMAIS PRENDEU UM BANDIDO E SOU TRABALHOU EM GABINETE LUSTRANDO MAÇANETA AFIM DE SER PROMOVIDO BEM ANTES DO SEU TEMPO.
    PODERIA ESCREVER UM POUCO DE SUA EXPERIÊNCIA COMO POLICIAL MILITAR QUANTO A OPERACIONALIDADE, AGORA ALMOFADINHAS SE JULGAM AUTORIDADES EM RELAÇÃO A SEGURANÇA. KKKKKKKK

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  2. operador da segurança o seu desagravo deve ser em virtude de falta de lubrifante ou polidor para as maçanetas. Muito interessente mesmo mas como pode se julgar operador de segurança quem não sabe o que é uma RP.

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  3. KKKKKKKK.. como vc são malvados!
    quando vi esse post achei que a foto Holiudiana
    não deixava que o texto "muito bem escrito" fosse verossímil.. Resumindo, concordo com vcs!
    ..Não tive coragem de puxar a fila

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  4. QUANDO A AUTORIDADE NO ASSUNTO SE MANIFESTA VEMOS O NELA UM HISTÓRICO DE ALGUEM QUE NUNCA SAIU DE TRÁS DA MESA, DA ACADEMIA PARA OS GABINETES. CONHECER SEGURANÇA NA TEORIA É UMA COISA, MAS NO CASO DO OPERADOR A PRATICA DEVE ESTAR ALIADA AO CONHECIMENTO DE CÁTEDRA. NÃO PASSA DE UM ALMOFADINHA ENTRE OUTROS MEIA DUZIA QUE O ACOMPANHA COM ELEVADO "MERECIMENTO" POLITICO.

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  5. OPERADOR DA SEGURANÇA EM SALAS COM AR CONDICIONADO KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

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  6. SENHORES, ESCREVAM TAMBEM... COLOQUEM VOSSAS VISOES OPERACIONAIS... ATAQUEM COM IDEIAS... ATAQUEM AS IDEIAS... DEIXE AS PESSOAS!O SISTEMA ESTA AI.
    NNC

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  7. O PROBLEMA NÃO SÃO AS PESSOAS, O SISTEMA REALMENTE ESTA AI (COM SUAS INJUSTIÇAS E APADRINHAMENTOS), PORÉM SOA DE MANEIRA HIPÓCRITA DETERMINADAS ACERTIVAS, POIS SÓ ARTISTA É QUE VIVE O PERSONAGEM QUE NÃO É E TENTA TRANSMITIR ALGO QUE NÃO TEM NADA A VER COM SUA VIDA REAL.E O ESPAÇO AQUI DOS COMENTÁRIOS É JUSTAMENTE PARA QUE AS IDEIAS (REAIS OU IRREAIS) SEJAM CONTESTATADAS.

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  8. E O ESPACO CONTINUA...MAS RANCOR NAO RESOLVE NADA!CONTUDO, SIGAM OS SEUS CORACOES...
    NNC

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  9. Boa noite Major..
    De minha parte, prometo escrever um livro antes de comentar em blogs..rss..
    vou seguir seu conselho!
    Parabens! seu espaço esta polemico
    [como tem que ser.. para promover o livre pensar].

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  10. Bom dia Sr. Oficial, como (2º Sgt QPPM - operacional) operador de Segurança Pública há mais de 18 anos, realmente vejo que nós temos que ser heróis anônimos para conseguirmos ser bons policiais, isto é, faltam recursos, leis atualizadas e justas, faltam salários dignos, e por aí vai, somos realmente heróis anônimos como bem discorreu o Sr. Maj. Castilho, aliado a isso tudo, temos também falta de respeito e justiça de alguns superiores com seus subordinados, ou seja, os policiais que “não puxam seus sacos ou de algum político”, muitas vezes são punidos de alguma de forma, quer seja com transferências ilegais, dobra de serviço em benefício de outro policial etc. Falta ainda, cultura de respeito à polícia por parte da sociedade, autoridades etc. Não que isso seja justificativa para não trabalharmos, ao contrário, somos essenciais para a vida da sociedade, se não ignorarmos os fatos retrós, certamente ficaremos estáticos e o cidadão de bem, será onerado! Em suma, é imperiosa a necessidade de mudanças culturais, legais e de infraestrutura dentro e fora da caserna.

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  11. Belas palavras do Nobre Oficial, de porte altaneiro, cheio de cursos e medalhas, cercado de guerreiros de igual valor, que na maioria das vezes só conhece a PMGO de dentro do gabinete, da secretaria, do puxa-saquismo e não a verdadeira PMGO, aquela que esta lá no campo de batalha segurando o piano, pegando bicho pelo chifre, aquela do guerreiro anônimo, sem padrinhos. Não sou Oficial, não sou Bacharel, não sou Especialista. Mas sou SIM, com orgulho praça da PMGO há 18 anos, sou operador de segurança pública de verdade e o que eu sei não aprendi nos livros, e nem de ouvir falar, mas sim na operacionalidade, nas ruas, no dia-a-dia, na frente de combate. Porque ao invés de palavras bonitas, bem elaboradas, os COMANDANTES não se preocupam em resolver a problema que ocorre dentro da própria casa (PMGO), onde o estresse ocupacional, o desrespeito, a privação de direitos, a boçalidade, o abuso de poder nos assolam diariamente. Onde o ambiente de trabalho inadequado acaba provocando conseqüências na nossa saúde física e mental, comprometendo nossa vida profissional, familiar e social. Estamos cansados de saber o real motivo dos inúmeros casos de tragédias que ocorreram dentro da Polícia Militar de Goiás envolvendo seus membros. E os responsáveis pela Instituição não tomam nenhuma providência, nós temos problemas como: abusos de poder por parte de superiores, alcoolismo, drogas, envolvimento com jogos, agressões etc. São conseqüências de uma tropa que está cansada, têm uma jornada de trabalho massacrante, é humilhada por superior não tem seus direitos adquiridos cumpridos etc. Os policiais militares de Goiás, diferentes das demais categorias trabalhistas do Estado, não tem seu direito de licença prêmio cumprido. Se houver uma investigação nas unidades constatará que a grande maioria tem até 02(duas) licenças prêmio vencidas. Licença estas que poderiam nos proporcionar um descanso corporal e mental, mais tempo com nossas famílias, viagens etc. Em época de eleição se estivermos de licença ou férias temos que retornar para trabalhar no pleito eleitoral, ou seja, que direitos temos então? Hoje temos uma escala na qual não temos tempo pra nada, por um breve período houve uma escala de 12X24X72, que se não era a ideal, foi a única que nos proporcionou um final de semana completo com a família. Mas que após a aproximadamente um mês de vigor foi retirada, pois, o comando achou que o policial estava folgando tempo demais. Nossa tropa está em frangalhos, o corpo e a mente já não estão agüentando e é a moral que ainda está sustentando '' essa carcaça'', que é constantemente usada para fazer política e satisfazer aos interesses dos governantes. Na Polícia Militar de Goiás ao invés de ajuda, o que nos oferecem é punição, perseguição. Como um profissional desses sairá às ruas e poderá prestar um bom serviço a sociedade se eles não têm apoio dentro de sua própria instituição?
    O policial militar, como mediador de conflitos sociais, precisa ter, necessariamente, equilíbrio emocional e psicológico para atuar de forma imparcial e dentro da legalidade no atendimento de seu maior público – a SOCIEDADE. Por isso queremos apenas o que é nosso por Direito.
    As autoridades governamentais e políticas precisam dispensar maior atenção a estes profissionais e na melhoria de condições favoráveis no seu ambiente de trabalho. Quem sabe, a indo assim, traga como conseqüência um maior comprometimento e compromisso no desempenho desta árdua missão Constitucional.

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  12. ESSA 'VITIMIZAÇÃO', QUE MUITOS POLICIAIS INSISTEM EM SE ENQUADRAR, EM RELAÇÃO AO SISTEMA, É UM FATOR PREPONDERANTE DE NOSSA INEFICIÊNCIA FRENTE AO COMPLEXO CONTEXTO SOCIAL. ESCALAS NUNCA PRESTAM, COMANDOS SÃO DÉSPOTAS, SOCIEDADE É ALIENADA, ALGUNS NUNCA TRABALHARAM NA RUA, UNS TÊEM MEDALHAS, SÓ PROGRIDE QUEM PUXA-SACO, ENFIM... VÁRIAS CONOTAÇÕES COMO SE FOSSE OBRIGADO A SER MILITAR DE ESTADO... COMO SE TIVESSE SIDO OBRIGADO A INGRESSAR NO SISTEMA... COMO SE ESTIVESSE FAZENDO ALGUM FAVOR SOCIAL!
    TEMOS QUE NOS ENQUADRARMOS NA NOSSA CONDIÇÃO, (QUE FOI VOLUNTÁRIA), E DENTRO DELA, PELA MISSÃO DELA LABUTARMOS EM PROL DA PROTEÇÃO E SERVIDÃO A SOCIEDADE, COM TODAS AS MAZELAS EXISTENTES E SEUS ENCARGOS!
    A GRANDE QUESTÃO NÃO É SER OPERACIONAL OU ADMINISTRATIVO, NÃO É A VOCAÇÃO INTERNA, MAS SIM A SUA DIGNIDADE, HONESTIDADE E PROFISSIONALISMO! FÁCIL É RECLAMAR, INDICAR DEFEITOS...DIFICIL É DENUNCIAR ATROCIDADES OU BURRICES DE SUPERIORES (isso são para os 'H'omens que realmente sabem o que querem para a Instituição e para si)...
    ESSA AUTOFAGIA NOS FRAGILIZA A TAL PONTO QUE NINGUEM NOS RESPEITA, NEM A FAMÍLIA QUE DEVERIA NOS VER COMO HEROIS...
    A SOBRECARGA DECORRE EXATAMENTE PELA OMISSÃO DAQUELES QUE DEVERIAM FISCALIZAR OU DENUNCIAR OS POLICIAIS QUE VIVEM AGARRADOS A ATESTADOS MÉDICOS, A CAPACHOS DE DISPOSIÇÕES FORA DA ATIVIDADE INSTITUCIONAL (ADM ou OPR), AOS QUE FINJEM COBATER O CRIME E NA VERDADE APENAS FICAM COMETENDO CRIMES (em maior ou menor escala)...
    ATIVIDADE DE RISCO?OK! DEVE SER VALORIZADA?OK! BEM GERENCIADA?OK! BEM REMUNERADA? OK! MAS DEVE SER BEM TRATADA POR QUEM OPERA TAMBÉM!
    CADA INTEGRANTE TEM A SUA PARCELA DE RESPONSABILIDADE DAQUILO QUE ESTÁ BOM OU RUIM, NUNCA SE ESQUEÇÃO DISSO...

    NNC

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  13. TODOS OS COMENTÁRIOS SÃO IMPORTANTES E ISSO É A DEMOCRACIA, PORÉM A CREDIBILIDADE DE UM COMENTÁRIO SO SE DÁ NA ESFERA DE QUEM NO MÍNINA JA TENHA MILITADO NA REFERIDAS ÁREA. NÃO IMPORTA SE OPERACIONAL OU ADMINISTRATIVO, PORÉM NA ESFERA POLICIAL COMO TODO. PORÉM AO SE VER DESABAFO DE UM OPERARDOR DA SEGURANÇA, O FATO NÃO CONDIZ COM A REALIDADE DO AUTOR DO TEXTO, POIS COM CERTEZA ESTE JAMAIS PASSOU POR UMA DELEGACIA OU JA COMBATEU O CRIME. TANTO É VERDADE QUE EXPRESSA SUA ISSO COM UM BELO ALAMAR AMARELO SOBRE SUA TUNICA. É PRECISO TER CREDIBILIDADE PARA FALAR SOBRE DETERMINADO ASSUNTO E NÃO APENAS CITAR DE LEITURAS E DE IMAGINAR COMO É A VIDA POLICIAL.

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  14. e vai seguindo o blog....

    NNC

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  15. MAJOR QUERO PARABENISAR O SR E A SUA TROPA QUE EVITOU UMA TRAGEDIA DIA 23 SABADO A NOITE NO TERMINAL GARAVELO POIS AS DUAS TORCIDAS MAIS PROBLEMATICAS DE GOIANIA TEV X E INFERNO VERDE MARCOU UMA BRIGA NO TERMINAL E A INFERNO VERDE ESTAVA DISPOSTA A ATE MATAR OS RIVAL DA TEV, POREM SEUS PMS INTERVIRAM POR VOLTA DAS 20:00 NAQUELE TERMINAL E ACABOU COM A DISPUTA, OU SEJA EU VI O PROFISSIONALISMO NA ABORDAGEM, RIGIDA MAS SEM AGREDIR E HUMILHAR NINGUEM E DEPOIOS ELES FORAM LIBERANDO OS ARRUACEIROS DE POUCO A POUCO TRASENDO A SENSSAÇAO DE SEGURANÇA PARA QUEM ALI ESTAVA; PARABENS PELO TRABALHO E E DE PMS ASSIM QUE A SOCIEDADE PRECISA, ENERGICOS E INTELIGENTES AO MESMO TEMPO...

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